13 de maio de 2010

Governo corta gastos em R$10 bi para esfriar economia

(Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que o governo irá "jogar um pouco de água fria na fervura" e cortar 10 bilhões de reais do Orçamento em gastos de custeio para que a economia não cresça demais.

"Chegamos à conclusão que devemos fazer uma redução de 10 bilhões de reais para este ano, além do contingenciamento que já tínhamos feito... Somando isso, dá mais ou menos 1 por cento do PIB", disse Mantega a jornalistas. "Nós consideramos que essa soma é suficiente para fazer o efeito anticíclico que queremos."

Em março, o governo já havia anunciado o contingenciamento de 21,8 bilhões de reais do Orçamento.

Segundo Mantega, investimentos e programas sociais serão preservados.

"Nós estamos avaliando se a demanda brasileira está acima do normal ou acima de um crescimento em torno dos 6 por cento", disse mais cedo, antes de reunião com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, em que o corte foi discutido.

"A demanda nacional é composta de demanda privada e demanda pública. Então, a melhor maneira de jogar um pouco de água fria na fervura é diminuir os gastos de custeio do governo."

Segundo Mantega, o governo terá um papel anticíclico para não permitir um crescimento de 7 por cento da economia neste ano. "A economia está aquecida, não está superaquecida, a gente tem que observar... Tem gente falando que o PIB está crescendo 7,5 (por cento), 7 por cento, eu não acredito nisso", disse.

"De qualquer forma, como o governo pode fazer um papel anticíclico, não deixará um crescimento de 7 por cento porque nós podemos aumentar juro, diminuir gasto, diminuir investimentos. Nós temos os instrumentos na mão para manter a economia crescendo de forma sustentada."

Nesta semana, Itaú Unibanco e Bradesco elevaram suas projeções de crescimento do país para a casa dos 7 por cento.

Paulo Bernardo disse que ficou preocupado porque esta é a primeira vez que o governo faz um novo corte do Orçamento depois do contingenciamento de início de ano. "Normalmente, a gente faz um contingenciamento grande o suficiente, e depois vamos fazendo liberações... (Mas) nós nos convencemos de que era importante também ajudar com a política fiscal."

O relatório com a revisão orçamentária será apresentado ao Congresso no dia 20 e, segundo Bernardo, os cortes não serão lineares entre os ministérios.

MAIS EFICAZ QUE JURO

Mantega reiterou a previsão de que a economia cresceu a uma taxa anualizada de 8 por cento no primeiro trimestre, impulsionada pelos estímulos do governo, mas argumentou que o segundo trimestre já desacelerou um pouco.

"A vantagem (do contingenciamento) em relação a outros instrumentos para combater inflação é que você faz na veia porque você tira a disponibilidade de o ministério fazer o gasto", disse o ministro.

"Quando você eleva a taxa de juro, demora para fazer efeito, porque até desestimular o investimento, até a fábrica interromper aquilo que está fazendo... demora quatro, cinco, seis meses."

Em evento no Rio de Janeiro, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, classificou como válido um corte nos gastos a fim de conter a inflação. "Qualquer ajuda é bem-vinda nesse processo", destacou .

O economista-chefe do Santander, Alexandre Schwartsman, avaliou no evento que a magnitude do corte "parece razoável, mas para o grau de aceleração da economia tendo a imaginar que seja pouco".

"No que diz respeito a ser uma redução de gastos em relação ao que nós temos hoje é um fenômeno positivo... se for uma redução de gastos ao nível que hipoteticamente iria acontecer, aí é menos positivo.... Seria interessante que o fardo do ajuste da demanda não ficasse só sobre o BC", acrescentou.

Em abril, o BC elevou o juro básico pela primeira vez desde setembro de 2008.

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FONTE: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE64C0H320100513?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0

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